domingo, 19 de dezembro de 2010

Conjugado no passado.

Sozinha, frágil. Com vontade de chorar, por tudo que houve, pelo que aconteceu, pelas coisas que ameaçaram ser mais não foram, pelo coração partido, confiança quebrada, pelo amor rejeitado. Tudo tão imediato, que se analisar a agilidade não se acredita na intensidade. Cabeça cheia, coração vazio. Só angustia, incerteza e lágrimas querendo cair. Ignoro todo e qualquer sentimento que queira aparecer, eu tenho medo. Medo de não saber como agir, medo de não ter força para reagir. Que vergonha de sentir isso, que vergonha por me deixar ser insegura. Ninguém devia ter o poder de fazer outra pessoa se sentir assim, repito: ninguém! Parece que tudo acabou, que aquela coisa bonita nunca existiu, o hoje está tão cheio de ressentimentos, de rancor, de mágoa. E o amanhã talvez nem exista, talvez tudo tenha se perdido em minutos, rápido, como tudo sempre foi. Abraço o travesseiro e imagino que é ele, sim, ele... Porque ele sempre me protegeu, sempre acreditou em mim, e me fez acreditar. Assim mesmo, conjugado no passado, afinal, eu acho que é lá onde tudo isso ficou. E me dói tanto pensar no fim de algo que nem começou. Tão prematuro, tão cedo, precipitado.

Eu te amo com um amor que não acaba, que resiste, que perdoa, que esquece, que anima, que aquece, que se faz forte e feliz, e por mais contraditório que seja, um amor que machuca, que seca, que amolece, que duvida.

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